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Conhecimento
Como escolher a emulsão fotografica
certa para fazer telas serigraficas mais fácil?
Escrito por João Amorim
em 20/04/2016
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Um serígrafo me questionou sobre qual foi a melhor emulsão que eu já havia usado.
Tão difícil quanto a pergunta, é a resposta.
Depois de refletir sobre todos esses 36 anos de trabalho, cheguei a resposta, que acredito seja a verdadeira.
A melhor emulsão que já usei foi aquela que se adequou perfeitamente ao trabalho que estava fazendo.
Vou tentar explicar melhor.
Não existe emulsão fotográfica ruim. Existe a emulsão inadequada á qualidade da imagem que será reproduzida, inadequada á quantidade de impressões, inadequada fonte de luz da mesa de gravação, inadequada a tinta que vou usar., inadequada ao tipo de fotolito, inadequada ao custo de produção.
O preciso usar alguns critérios para a escolha.
O que causa problema é querer usar emulsão de formulação simples para trabalhos de alta resolução, emulsão de baixo teor de sólidos para altas tiragens ou emulsões sofisticadas, de alto custo, para trabalhos simplificados.
Vamos adotar alguns critérios, conforme a tabela abaixo e vamos eliminar o desperdício e o retrabalho:
Observação sobre catalisação:
Catalisadores são ácidos que promovem impermeabilização, ou seja, aumentam a resistência da emulsão a umidade.
O processo de catalisação precisa ser feito de forma gradual. A primeira ação, que é a aplicação do produto, deve ser feita nos dois lados da tela.
Em seguida é necessário um tempo para que o liquido ácido penetre na camada de emulsão. Este procedimento deve ser realizado ao ar.
Após este tempo, o resíduo do produto deve ser retirado da tela, com ar comprimido ou outro processo e em seguida exposto ao calor.
De preferencia acima de 60 graus. Observe que quanto maior a temperatura da estufa que sera colocada a tela emulsionada e maior o tempo que ela permanecerá aquecida, maior será o endurecimento da emulsão.
Outra observação que gostaria de fazer é em relação ao uso do Bicromato como sensibilizante.
Vamos fazer algumas ponderações:
Quando uso Bicromato, geralmente, separo um quantidade para uso em um ou dois dias, dependendo do meu ambiente ou outras situações. Isto significa que, invariavelmente, existe um resíduo de produto que vai para o lixo, diminuindo a vantagem do baixo preço;
Quando aplico a emulsão bicromatada numa tela, tenho curto tempo para efetuar a exposição, caso contrário, posso comprometer a gravação de detalhes;
O bicromato é prejudicial ao meio ambiente e a minha saúde.
Em contrapartida, ao usar Diazo ou fotopolímero posso sensibilizar todo o pote, seja ele da quantidade que for, pois o prazo de validade da emulsão sensibilizada com diazo é bem maior.
Todo o resíduo pode ser reconduzido a embalagem, sem prejuízo nenhum;
Quando aplico a emulsão diazoica numa tela ela pode ficar armazenada para exposição por alguns dias, sem prejuízo da qualidade de gravação.
Basta que eu respeite as instruções do fabricante no que diz respeito a exposição á luz e temperatura do ambiente.
Ou seja, eu posso estocar telas emulsionadas;
O Diazo é biodegradável e não apresenta nenhum problema a saúde de quem manipula.
Portanto, já sabemos que cada trabalho exige uma emulsão adequada ás suas exigências de qualidade e que não existe emulsão ruim.
Bom trabalho!
Leia nosso novo artigo, Serigrafia é igual violão.
